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Allan Albuquerque

Allan, o Retorno!


Ele não é comediante, mas adora contar uma piada ruim. O Departamento de comunicação conversou com Allan Albuquerque, cursando de Geografia da UFPR, o pai do grupo Twin. Figurinha conhecida entre os veteranos, ele nos conta um pouco sobre a sua viagem pelo mundo, sua saída e retorno à Celu.

Allan, como foi a sua experiência no exterior?

A experiência foi Incrível, o Melhor da Europa é o povo Europeu. Não foi somente experiência acadêmica, mas uma experiência de vida. Durante 365 dias 5 horas e 56 minutos, o tempo da Minha translação Mediterrânea, que é o que conto no livro que estou escrevendo. Eu viajei por 17 países, conheci as mais diversas paisagens desde Lisboa à Istambul de Marrakech à Londres.

Sobre a Casa, antes e depois, o que mudou?

Primeiro que quando eu entrei na casa eu sempre quis ter uma carreira como celuense. Eu sempre quis chegar à presidência da Casa um dia. Foi aquela loucura no começo, queria fazer 200% das atividades e encontrei aqui a minha casa. [...] Em 2012 quando eu concorri à presidência, eu achava naquele momento que eu poderia fazer aquilo, e eu me achava o mais capaz para assumir a presidência da Casa Em 2012, quando o Weber e o Tadeu disputaram comigo a eleição, naquele momento pensaram que eu não tinha experiência, que eu não sabia o que estava fazendo, e que eu era mais fraco. [...] E aquilo pra mim foi um balde de água fria, porque toda aquela carreira que eu tinha planejado, não tinha se acabado. Mas, não é por acaso que as coisas acontecem, e eu acabei indo morar na França, e vi de lá quando o Thadeu ganhou a eleição. [...] No final das contas, os três saíram ganhando. Quando eu vi a casa de longe, eu reparei muitas coisas, eu via muitas discussões no facebook sem necessidade, eu olhava a Celu e pensava: poxa vida, será que vale a pena a gente continuar no mesmo modelo que a gente está? Depois que eu voltei para Celu, a minha pergunta ainda continua. Em uma assembleia em que a gente fica horas, em uma a gente tira o iogurte, em outra a gente coloca o iogurte. Eu tenho uma postura hoje sobre o guardião [...] Não vejo a necessidade de se ter um guardião na Casa. Se pegar os Gazuas antigos haviam 15 departamentos, hoje existem menos departamentos, então, em algum momento alguém ousou em tirar aqueles departamentos, e parece que a gente fica muito engessado em uma tradição, e muitas vezes eu me perguntei, tem necessidade disso? Minha resposta seria NÃO.

Do que você não sentiu falta?

Não senti falta da brasilidade, quando você sai de Intercâmbio acontece algo muito interessante, as pessoas procuram no brasileiro, na sua brasilidade uma forma de afogar as mágoas. Um francês te trata mal, você não sabe falar a língua dele direito, você corre pra um brasileiro porque lá está sua zona de conforto. Na tua zona de conforto você não vai falar Francês, vai ser difícil de você se integrar a sociedade francesa, quando você tentar de novo você vai ser recauchutado, e para afogar as mágoas você volta para os brasileiros. Então é um ciclo. Você só vence esse ciclo sofrendo, dando a cara a tapa, aguentando humilhação, aguentando cara feia. Eu via que muitas pessoas sentiam falta dessa brasilidade, desse jeitinho brasileiro de ser, e eu não. Eu estava na França e queria ser francês. Eu fazia de tudo para pegar, engolir a língua, os costumes os hábitos...

O Que você imagina para Celu daqui pra frente?

Eu acho que a Celu vai continuar, eu aprendi nesses quatro anos que a Celu sempre está ruim. A gente vai sempre dizer que agora está pior do que era antes. Eu acho que a Celu vai melhorar, só que algumas coisas nós temos que ver se vale a pena continuarem, falamos tanto em juventude com inovação, que tem que mudar, que a gente quer essa mudança, mas têm medo dessa ousadia em mudar.

O que a Celu precisa é de mais ousadia e alegria?

Alegria a gente já têm...Falta ousadia.

Allan Albuquerque

Estudante de Geografia - UFPR

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